Salmo 88:10
Mostrarás, tu, maravilhas aos mortos, ou os mortos se levantarão e te louvarão? (Selá.)
Este versículo do livro de Salmos questiona a eficácia da comunicação com os mortos e a capacidade destes de louvar a Deus. Espiritualmente, ele nos convida a refletir sobre a natureza da vida após a morte e a verdadeira fonte de louvor e adoração.
Mostrarás, tu, maravilhas aos mortos... Esta parte da frase pode ser interpretada de duas maneiras. Primeiramente, questiona se milagres ou intervenções divinas são direcionados àqueles que já partiram deste plano. Em um sentido espiritual, isso nos faz pensar sobre a continuidade da jornada da alma após a morte. A crença de que a alma segue um caminho evolutivo, aprendendo e crescendo em outros planos de existência, sugere que "maravilhas" podem ocorrer além da nossa compreensão terrena. No entanto, o versículo implicitamente desafia a ideia de que essas maravilhas são para nosso conhecimento ou benefício direto.
...ou os mortos se levantarão e te louvarão? Essa segunda parte intensifica a indagação. Ela não apenas duvida da possibilidade de milagres direcionados aos mortos, mas também questiona se os mortos têm a capacidade de louvar a Deus da mesma forma que os vivos. O louvor, no contexto espiritual, é uma expressão de gratidão, reconhecimento e conexão com o Divino. O ato de louvar requer consciência, intenção e, em muitas tradições, uma manifestação física ou verbal. O versículo sugere que, uma vez que a vida física se encerra, essa forma de louvor pode não ser mais possível da mesma maneira.
O (Selá) no final do versículo é uma instrução litúrgica que significa uma pausa para reflexão. Ele nos convida a meditar profundamente sobre as questões levantadas: a natureza da morte, a comunicação com os mortos e a essência do louvor. Espiritualmente, o versículo não nega a existência de uma vida após a morte, mas direciona nossa atenção para o presente, para a importância de expressar nossa fé e gratidão enquanto estamos vivos e conscientes. Ele nos lembra que o louvor e a conexão com o Divino são ações que devem ser cultivadas e praticadas no agora, enquanto temos a capacidade de sentir, expressar e compartilhar nossa fé.
Em essência, o versículo nos chama a valorizar a vida, a expressar nossa fé ativamente e a focar nossa atenção na conexão com o Divino no presente, em vez de especular sobre o que pode ou não acontecer após a morte. Ele nos convida a refletir sobre a responsabilidade que temos, enquanto vivos, de louvar a Deus e de viver uma vida que honre o Divino.

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