Salmo 97:6
Os céus anunciam a sua justiça, e todos os povos veem a sua glória.
Este versículo, ecoando a beleza e a majestade da Criação, nos convida a contemplar a manifestação divina no mundo ao nosso redor. "Os céus anunciam a sua justiça" não se refere apenas à vastidão azul que vemos acima de nós, mas a toda a ordem cósmica, à precisão dos movimentos dos planetas, à dança das estrelas, à complexidade das leis naturais que governam o universo. Tudo isso, em sua harmonia intrínseca, proclama a justiça de um Criador que estabeleceu princípios perfeitos e imutáveis.
A "justiça" aqui não deve ser entendida apenas como um sistema de recompensas e punições. É a própria ordem divina, a lei cósmica que equilibra todas as coisas, a força que mantém o universo em perfeita sintonia. Observar o ciclo das estações, o nascimento e a morte, a transformação constante da natureza é testemunhar essa justiça em ação. Cada elemento cumpre seu propósito, cada ser vivo desempenha seu papel, contribuindo para a sinfonia da existência.
A segunda parte do versículo, "e todos os povos veem a sua glória," nos leva a uma compreensão mais profunda. A "glória" de Deus não é algo distante ou reservado a uns poucos iniciados. Ela se manifesta em cada nascer do sol, em cada flor que desabrocha, em cada sorriso sincero. É a beleza que permeia a vida, a força vital que anima todas as coisas. E essa glória, essa manifestação divina, é acessível a todos os povos, independentemente de sua cultura, religião ou origem.
Ver a glória de Deus, no entanto, exige um olhar atento e um coração aberto. É preciso transcender a superficialidade do mundo material e perceber a presença divina na simplicidade e na beleza do cotidiano. É preciso reconhecer a sacralidade em cada ser humano, em cada criatura viva, em cada aspecto da Criação. Quando aprendemos a olhar com os olhos da alma, a glória de Deus se revela em toda a sua plenitude.
Em resumo, este versículo nos convida a sermos testemunhas da justiça e da glória divina. A justiça se manifesta na ordem e na harmonia do universo, e a glória se revela na beleza e na vitalidade da vida. Ao contemplarmos os céus e a terra, somos chamados a reconhecer a presença do Criador em todas as coisas e a viver em sintonia com a sua divina vontade. É um convite à reverência, à gratidão e à busca por uma conexão mais profunda com o Sagrado.

Catecismo da Igreja Católica (edição de bolso)

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