Salmo 97:12
Alegrai-vos, ó justos, no Senhor, e dai louvores à memória da sua santidade.
Este versículo, aparentemente simples, carrega consigo uma profundidade espiritual imensa, um convite vibrante à alegria e à celebração da santidade divina. Vamos desmembrá-lo para compreender suas camadas de significado.
"Alegrai-vos, ó justos, no Senhor..." A alegria aqui não é uma felicidade superficial, passageira, dependente de circunstâncias externas favoráveis. É uma alegria que brota do âmago do ser, nutrida pela fé e pela consciência da presença de Deus. É uma alegria que reside no "Senhor", ou seja, em Deus, na sua essência, no seu amor incondicional. Ser "justo" neste contexto não significa ser perfeito, sem falhas, mas sim aquele que busca viver em harmonia com os princípios divinos, que se esforça para seguir o caminho do bem, que se arrepende dos seus erros e busca a redenção. É o indivíduo que, apesar de suas imperfeições, tem um coração voltado para o Criador.
A alegria, portanto, é um direito e um dever do justo. É uma resposta natural à graça divina, um reflexo da paz interior que a fé proporciona. É uma alegria que transcende as dificuldades e os sofrimentos, pois está ancorada em algo muito maior e mais profundo do que as vicissitudes da vida. Essa alegria não é imposta, mas sim um convite. É uma escolha consciente de se conectar com a fonte da verdadeira felicidade, que é Deus.
"...e dai louvores à memória da sua santidade." Louvar não é apenas cantar hinos ou recitar orações. É celebrar, exaltar, reconhecer a grandeza e a perfeição de Deus. É dar testemunho da sua bondade e da sua misericórdia. A "memória da sua santidade" sugere que a santidade de Deus não é algo distante e abstrato, mas sim uma realidade viva, presente em cada detalhe da criação, em cada gesto de amor, em cada ato de justiça. Lembrar da santidade de Deus implica em reconhecer a sua transcendência e a sua imanência, ou seja, a sua presença tanto acima quanto dentro de nós.
Dar louvores à memória da sua santidade é, portanto, uma forma de manter viva a chama da fé, de alimentar a nossa conexão com o divino. É um ato de gratidão e de reconhecimento da nossa dependência de Deus. É uma forma de inspirar outros a buscarem a santidade e a encontrarem a verdadeira alegria no Senhor. Não é apenas um exercício mental, mas uma vivência profunda que transforma o nosso ser e nos aproxima cada vez mais de Deus. É uma celebração constante da beleza e da grandiosidade do universo, reconhecendo em cada manifestação a assinatura do Criador.

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