Salmo 97:1
O Senhor reina; regozije-se a terra; alegrem-se as muitas ilhas.
"O Senhor reina; regozije-se a terra; alegrem-se as muitas ilhas." Este versículo, em sua essência, irradia uma poderosa verdade espiritual: a soberania divina é a fonte da alegria e da esperança. A afirmação "O Senhor reina" transcende a mera ideia de um governante terreno. Ela declara a presença constante e ativa do Amor Cósmico, da Inteligência Divina, da Força Criadora, permeando cada átomo do universo. Este 'Senhor' não é um déspota distante, mas a própria essência da vida que anima e sustenta tudo o que existe.
Quando compreendemos que o Senhor reina, reconhecemos que não estamos à deriva em um mar de caos. Há uma ordem subjacente, uma harmonia fundamental, mesmo em meio às aparentes turbulências da vida. Este reconhecimento liberta o medo e a ansiedade, permitindo que a "terra" - que podemos interpretar como nosso próprio ser, nosso corpo e mente - "regozije-se". A alegria brota da certeza de que somos parte de um plano maior, de um propósito divino que nos transcende.
A referência às "muitas ilhas" é particularmente rica em simbolismo. As ilhas, separadas entre si pelo oceano, representam a diversidade da criação, a miríade de experiências e perspectivas que compõem a tapeçaria da existência. Cada ilha, por mais pequena ou isolada que pareça, participa da mesma vastidão oceânica, da mesma fonte de vida. Assim, cada indivíduo, cada cultura, cada forma de vida, por mais diferente que seja, está intrinsecamente conectado à Fonte Divina. A alegria das ilhas é, portanto, a alegria da unidade na diversidade, a celebração da interconexão de tudo o que é.
O "regozijo" e a "alegria" mencionados não são meros sentimentos passageiros. São estados de consciência profundos, nascidos da percepção da verdade. São a resposta natural do ser à revelação da presença divina em todos os lugares e em todos os momentos. São a dança da alma em uníssono com o ritmo cósmico. Para acessar essa alegria, precisamos cultivar a fé, a confiança e a entrega. Precisamos nos abrir à possibilidade de que o amor e a sabedoria divinos estão sempre presentes, guiando-nos e sustentando-nos, mesmo quando não os vemos.
Em resumo, este versículo é um convite para despertar para a realidade da soberania divina e para celebrar a beleza e a harmonia da criação. É um chamado para deixar de lado o medo e a dúvida e para abraçar a alegria e a esperança que fluem da certeza de que somos amados e guiados por uma força infinitamente maior do que nós mesmos. Deixe a sua 'terra' regozijar-se e a sua 'ilha' individual juntar-se ao coro universal da alegria!

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