Salmo 94:9

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Aquele que fez o ouvido não ouvirá? E o que formou o olho, não verá?

Explicação

Este versículo, impregnado de sabedoria ancestral, nos convida a contemplar a natureza onisciente e onipotente da Divindade. Ele não é meramente uma questão retórica, mas sim um portal para compreendermos a profunda conexão que existe entre o Criador e a Criação, e, por extensão, entre nós e a Fonte de Tudo.

Aquele que fez o ouvido, não ouvirá? Imagine a complexidade do ouvido humano, um intrincado sistema capaz de captar as mais sutis vibrações sonoras, traduzindo-as em informações significativas para nossa mente. Aquele que concebeu e implementou tal maravilha, que orquestrou cada minúsculo osso, cada delicada membrana, seria incapaz de ouvir? A pergunta ressoa como um lembrete de que a percepção Divina transcende a nossa compreensão limitada. Não se trata apenas de audição física, mas de uma capacidade infinita de perceber as vibrações da alma, os sussurros do coração, as preces silenciosas que emanam de cada ser.

Essa percepção Divina não é intrusiva ou julgadora. É uma escuta compassiva, um acolhimento incondicional de tudo o que somos, com nossas luzes e sombras, nossas alegrias e tristezas. A Divindade ouve o grito silencioso do sofrimento, a canção jubilosa da celebração, o anseio profundo por conexão e propósito. Essa escuta é um ato de amor, uma confirmação de que não estamos sozinhos em nossa jornada.

E o que formou o olho, não verá? Da mesma forma, a visão humana, com sua capacidade de discernir cores, formas, profundidade e movimento, é um testemunho da genialidade do Criador. Aquele que projetou a lente perfeita, a retina sensível à luz, o nervo óptico que transmite as imagens ao cérebro, seria incapaz de ver? A pergunta nos leva a refletir sobre a vastidão do olhar Divino, que penetra as aparências e enxerga a essência, que vê além do véu da ilusão e contempla a verdade.

O olhar Divino não se limita à visão física, mas abrange uma compreensão profunda da natureza humana, uma percepção da beleza inerente a cada ser, mesmo em meio às imperfeições. Esse olhar é amoroso e paciente, capaz de reconhecer o potencial adormecido em cada um de nós, incentivando-nos a florescer e a nos tornarmos a melhor versão de nós mesmos. Ele vê as feridas da alma, as cicatrizes emocionais, as áreas que precisam de cura, e nos oferece o bálsamo da compaixão e do perdão.

Em essência, este versículo nos revela que a Divindade não é uma entidade distante e indiferente, mas sim um observador atento e compassivo, profundamente envolvido em nossa jornada evolutiva. Ele nos convida a confiar na sabedoria e no amor que permeiam o Universo, sabendo que somos sempre vistos, ouvidos e amparados, mesmo nos momentos de maior escuridão. Ao reconhecermos essa verdade, podemos nos abrir para a cura, a transformação e a realização de nosso pleno potencial.

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