Salmo 94:4

O versículo "Até quando proferirão, e falarão coisas duras, e se gloriarão todos os que praticam a iniquidade?" é um grito da alma, um lamento profundo que ecoa através dos tempos. Ele questiona a aparente impunidade e o sucesso dos ímpios, daqueles que se entregam à injustiça e à maldade.

Espiritualmente, esse "até quando" não é apenas uma questão de tempo, mas de frequência vibracional. A iniquidade cria uma dissonância, uma vibração baixa que perturba a harmonia do universo. Quem pratica a iniquidade está, portanto, desconnectado da Fonte, da energia de amor e luz que permeia tudo. O versículo expressa a angústia de testemunhar essa desconexão e seus efeitos.

As "coisas duras" proferidas são palavras que ferem, que carregam a energia do ódio, da inveja, do julgamento e da mentira. Elas são como flechas envenenadas que atingem não apenas o alvo imediato, mas também o próprio emissor, contaminando sua aura e atraindo para si energias similares. A palavra tem poder, e palavras duras criam realidades duras.

A "glória" que os ímpios buscam é uma ilusão, um brilho passageiro construído sobre bases frágeis. É uma glória vazia, desprovida de significado e de verdadeira felicidade. A verdadeira glória reside na conexão com o Divino, na prática da bondade e na busca pela evolução espiritual. A falsa glória da iniquidade é apenas uma máscara que esconde a profunda dor e o vazio interior.

O versículo nos convida à reflexão sobre a nossa própria conduta. Será que, em algum momento, estamos proferindo "coisas duras"? Será que estamos buscando uma "glória" superficial em vez de nutrir nossa alma? A resposta a essas perguntas pode nos guiar no caminho da transformação e nos ajudar a construir um mundo mais justo e harmonioso.

Em última análise, o "até quando" é um chamado à ação. É um incentivo a perseverar na fé, na esperança e no amor, mesmo diante da aparente vitória da iniquidade. É um lembrete de que a justiça divina prevalecerá, e que o verdadeiro poder reside na bondade, na compaixão e na busca pela verdade.