Salmo 90:13
Volta-te para nós, Senhor; até quando? Aplaca-te para com os teus servos.
O versículo "Volta-te para nós, Senhor; até quando? Aplaca-te para com os teus servos" pulsa com uma profunda saudade e um clamor sincero por reconciliação espiritual. É um apelo que ecoa através das eras, refletindo a condição humana em sua busca constante por conexão com o Divino.
"Volta-te para nós, Senhor": Este trecho não implica que Deus se afastou fisicamente, mas sim que a percepção da Sua presença, a sensação do Seu amor e a clareza da Sua orientação se tornaram obscuras. É como se uma névoa densa tivesse se instalado entre o indivíduo (ou a comunidade) e a Fonte de Toda a Criação. O "voltar-se" é um convite para que a atenção divina, a luz da consciência superior, volte a iluminar o caminho, dissipando as sombras da dúvida, do medo e da desesperança.
"Até quando?": Esta é a voz da alma impaciente, daquele que anseia pela restauração da harmonia. É a expressão da dor causada pela aparente ausência de resposta, pela sensação de abandono. Não é uma pergunta de desafio, mas sim um grito de socorro, um pedido urgente por alívio do sofrimento. O "até quando?" reflete a consciência de que a separação é temporária, mas a experiência dessa separação é profundamente dolorosa e o desejo pelo reencontro se torna insuportável.
"Aplaza-te para com os teus servos": Aqui, a súplica assume um tom de humildade e reconhecimento da própria falibilidade. "Aplacar-se" sugere que algo interrompeu o fluxo natural da graça divina, que houve uma transgressão, um desvio do caminho. O termo "servos" não implica servidão forçada, mas sim uma escolha consciente de se alinhar com a vontade superior, de dedicar a vida ao serviço do bem maior. O pedido para que Deus se "aplace" é um reconhecimento de que a ira divina (ou a consequência natural das ações) pode ser mitigada pela compaixão, pelo perdão e pela misericórdia. É um convite para que o amor incondicional prevaleça sobre a justiça retributiva.
Em essência, este versículo é uma poderosa ferramenta de oração e meditação. Ele nos lembra que a jornada espiritual é feita de altos e baixos, de momentos de clareza e de períodos de obscuridade. Nos ensina a importância da humildade, do arrependimento e da fé inabalável na bondade divina. Ao recitar este versículo, nos conectamos com uma corrente milenar de buscadores da verdade, expressando nossa própria sede de Deus e nossa esperança na restauração da plenitude.

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