Salmo 9:17
Os ímpios serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus.
Este versículo, encontrado no livro de Salmos, ecoa uma verdade espiritual profunda sobre as consequências de uma vida distante da Divindade. Contudo, é crucial entendê-lo não como uma condenação literal a um lugar de tormento físico eterno, mas sim como uma representação simbólica de estados de consciência e realidades vibracionais.
A palavra "ímpios" aqui não se refere necessariamente a pessoas que cometem atos hediondos, mas sim àqueles que, consistentemente, escolhem se afastar da luz da verdade, do amor e da compaixão. São indivíduos que, por livre arbítrio, optam por viver em um estado de egoísmo, materialismo exacerbado e desconexão com o Eu Superior e com a Fonte Criadora.
"Serem lançados no inferno" pode ser interpretado como a experiência de colher os frutos amargos de suas escolhas. É um mergulho nas consequências de uma vida pautada pela negatividade, pelo apego excessivo ao mundo material e pela ignorância espiritual. Este "inferno" não é um lugar geográfico, mas sim um estado de espírito, uma frequência vibracional onde predominam o sofrimento, a solidão, o medo e a angústia. É a manifestação da ausência da luz divina na alma.
A frase "e todas as nações que se esquecem de Deus" amplia a perspectiva para além do indivíduo, abrangendo grupos de pessoas, sociedades e até mesmo civilizações inteiras que se afastam dos princípios espirituais universais. Uma nação que se esquece de Deus é aquela que prioriza o poder, a riqueza e o prazer acima da justiça, da bondade e da compaixão. É uma sociedade que cultiva a desigualdade, a exploração e a violência, negando a sacralidade da vida e a interconexão de todos os seres.
O "esquecimento de Deus" não significa necessariamente a negação explícita da existência de uma divindade, mas sim a negligência dos valores espirituais que emanam dessa Fonte. É viver como se não houvesse uma dimensão superior à material, como se a vida se resumisse à busca incessante por bens e status. É ignorar a voz da intuição, a chama da consciência e o chamado do coração.
Portanto, o versículo adverte sobre o perigo de se perder no labirinto da ilusão, de se afastar da verdade essencial do Ser e de se entregar às sombras da ignorância. O "inferno" é, em última análise, uma criação da própria mente, um reflexo distorcido da realidade que emerge quando nos desconectamos da Fonte Divina e nos entregamos ao ego. A chave para escapar desse ciclo de sofrimento reside no despertar da consciência, no cultivo do amor e da compaixão e no retorno à Unidade com o Todo.

Bíblia King James 1611 de Estudo Holman - Duotone - 7° Edição

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