Salmo 9:12

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Pois quando inquire do derramamento de sangue, lembra-se deles: não se esquece do clamor dos aflitos.

Explicação

Este versículo ecoa uma verdade profunda sobre a natureza da justiça divina e a compaixão inerente ao universo. A frase "Pois quando inquire do derramamento de sangue, lembra-se deles" nos fala sobre a memória indelével da violência e da injustiça. Não se trata apenas de sangue físico derramado, mas também do sangue metafórico, representando a vida, a energia vital e o potencial humano que são extintos através da opressão, da exploração e da maldade.

A "inquirição" divina não é um julgamento frio e distante, mas um ato de profunda consideração e responsabilização. Significa que cada ato de violência, cada sofrimento infligido a outro ser, não passa despercebido. Existe uma ressonância cósmica que registra cada violação da harmonia universal, uma lei espiritual que exige equilíbrio e restauração. Essa lei não é vingativa, mas sim corretiva, buscando restaurar a ordem onde ela foi quebrada.

A segunda parte do versículo, "não se esquece do clamor dos aflitos", aprofunda essa ideia de compaixão divina. O "clamor" não é apenas um grito audível, mas também o lamento silencioso da alma, a dor que permeia o ser quando se sente oprimido, injustiçado e desamparado. Esse clamor, mesmo que não expresso em palavras, ressoa no coração do universo, ativando uma resposta de amor e auxílio.

A "lembrança" divina não é uma recordação passiva, mas um reconhecimento ativo e empático do sofrimento. Significa que o universo não está indiferente à dor humana, mas sim profundamente conectado a ela. Essa conexão se manifesta através de sincronicidades, de intervenções aparentemente milagrosas, e do despertar da consciência em outros seres, impulsionando-os a agir em prol da justiça e da cura.

Em essência, este versículo nos ensina que cada ação tem uma consequência, não apenas no plano material, mas também no plano espiritual. Ele nos lembra que a justiça divina não é uma punição arbitrária, mas sim a manifestação da lei de causa e efeito, que busca restaurar o equilíbrio e promover a evolução da consciência. Acima de tudo, ele nos oferece a esperança de que, mesmo nos momentos mais sombrios, o universo está atento ao nosso sofrimento e responde ao nosso clamor por auxílio.

Assim, este versículo nos convida a cultivar a compaixão, a praticar a justiça e a nos tornarmos instrumentos de cura e transformação no mundo. Ao reconhecermos a dor do outro como nossa própria dor, e ao agirmos com amor e sabedoria, podemos contribuir para a construção de um mundo mais justo e compassivo, onde o clamor dos aflitos seja ouvido e atendido, e onde a memória do sofrimento sirva como um catalisador para a cura e a evolução.

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