Salmo 89:47
Lembra-te de quão breves são os meus dias; por que criarias em vão todos os filhos dos homens?
O versículo "Lembra-te de quão breves são os meus dias; por que criarias em vão todos os filhos dos homens?" ecoa um profundo questionamento sobre o propósito da existência humana e a responsabilidade divina para com a vida que cria.
A primeira parte, "Lembra-te de quão breves são os meus dias," nos convida a contemplar a efemeridade da vida humana. A brevidade dos nossos dias, comparada à vastidão do universo e à eternidade, ressalta a preciosidade de cada instante. Essa consciência da finitude não deve nos levar ao desespero, mas sim nos impulsionar a viver de forma mais consciente e significativa. É um lembrete de que o tempo é um presente valioso, um recurso limitado que devemos utilizar com sabedoria e amor.
Ao reconhecermos a brevidade da vida, somos convidados a refletir sobre nossas prioridades. O que realmente importa? O que deixaremos como legado? Quais valores guia nossos atos? A resposta a essas perguntas nos conduz a uma vida mais autêntica e alinhada com nosso propósito maior.
A segunda parte, "por que criarias em vão todos os filhos dos homens?", lança uma pergunta poderosa sobre a razão da criação humana. Se a vida é tão curta, qual o sentido de criar seres para simplesmente desaparecerem? Essa questão implica que existe um propósito maior, uma razão intrínseca para a nossa existência que transcende a mera sobrevivência.
A ideia de "criar em vão" sugere que o potencial humano pode ser desperdiçado, que a vida pode ser vivida sem que o indivíduo alcance seu pleno desenvolvimento espiritual e contribua para o bem comum. A criação, portanto, não é um ato aleatório, mas sim um ato de amor e esperança, com o potencial para gerar beleza, bondade e transformação no mundo.
Este versículo nos convida a refletir sobre o nosso papel como seres humanos. Não somos apenas passageiros nesta Terra, mas sim participantes ativos na criação de um mundo melhor. Temos a capacidade de amar, aprender, crescer e evoluir espiritualmente. Ao reconhecermos a brevidade da vida e o propósito inerente à nossa existência, somos chamados a viver de forma mais plena e significativa, buscando a verdade, a beleza e o bem em tudo o que fazemos.
Em última análise, o versículo nos lembra que cada vida é um presente precioso e que temos a responsabilidade de honrar esse presente, vivendo de forma autêntica, consciente e amorosa, contribuindo para um mundo mais justo e compassivo. A "vão" a que se refere não é inerente à criação, mas sim à possibilidade de desperdiçarmos o potencial que reside em cada um de nós.

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