Salmo 89:33
Mas não retirarei totalmente dele a minha benignidade, nem faltarei à minha fidelidade.
Este versículo ecoa a promessa inabalável do Divino, uma declaração de amor e compromisso que transcende nossas falhas e imperfeições. Ele revela uma verdade profunda sobre a natureza da Graça Divina: ela não é condicional a nossa perfeição, mas sim um farol constante, mesmo em meio às nossas turbulências internas.
A frase "Não retirarei totalmente dele a minha benignidade" é um bálsamo para a alma. Significa que, mesmo quando nos desviamos do caminho, quando erramos e falhamos, a essência do Amor Divino permanece acessível. Não somos abandonados à nossa própria sorte. Existe uma corrente sutil de bondade, de compaixão, que continua a fluir em direção a nós, nutrindo a semente da redenção e nos convidando a retornar ao centro do nosso ser.
Essa benignidade não é uma permissão para continuar errando, mas sim um reconhecimento da nossa humanidade. É a compreensão de que somos seres em constante aprendizado, sujeitos a erros e desvios. O Divino não nos pune com a ausência total de amor, mas nos envolve com uma paciência infinita, esperando o momento em que nos abriremos novamente à Sua Luz.
A segunda parte, "Nem faltarei à minha fidelidade", reforça a ideia de um pacto eterno. A fidelidade Divina é um pilar inabalável, uma garantia de que o Amor e a Verdade permanecerão constantes, independentemente das nossas ações. Essa fidelidade não é apenas uma promessa, mas uma característica inerente ao Ser Divino. É a certeza de que podemos sempre contar com a Presença Divina, mesmo quando a escuridão parece prevalecer.
Essa fidelidade é um espelho que reflete o nosso potencial para a lealdade e o compromisso em nossas próprias vidas. Ao reconhecermos a fidelidade Divina, somos inspirados a cultivar a mesma qualidade em nossos relacionamentos, em nossos propósitos e em nossa jornada espiritual. É um chamado para honrar nossos votos internos e para permanecermos fiéis à nossa própria essência.
Em resumo, este versículo é uma poderosa afirmação da persistência do Amor Divino e da Sua fidelidade inabalável. É um lembrete de que, mesmo em meio às nossas imperfeições, somos amados, guiados e nunca verdadeiramente abandonados. É um convite para nos reconectarmos com a Fonte Divina, para abraçarmos a nossa humanidade com compaixão e para cultivarmos a lealdade e o compromisso em todas as áreas de nossas vidas.

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