Salmo 88:12
Saber-se-ão as tuas maravilhas nas trevas, e a tua justiça na terra do esquecimento?
Este versículo, extraído dos Salmos, mergulha profundamente na questão da fé e da esperança em tempos de adversidade. A primeira parte, "Saber-se-ão as tuas maravilhas nas trevas", questiona se a presença divina, manifestada em milagres e atos extraordinários, ainda se faz sentir quando a escuridão da dificuldade nos envolve.
Essa "escuridão" pode ser interpretada de diversas formas: um período de luto profundo, uma crise existencial, uma fase de desespero financeiro ou mesmo uma doença grave. Nesses momentos, quando a luz da esperança parece ter se apagado, é natural questionarmos se Deus ainda está conosco, se suas "maravilhas" ainda são possíveis em meio a tanta dor.
A pergunta não é uma afirmação de descrença, mas sim uma expressão honesta da dúvida que pode surgir em corações aflitos. É uma busca por reafirmação, um anseio por sentir a presença divina mesmo quando tudo parece perdido. A própria formulação da pergunta implica a esperança de uma resposta positiva, a crença de que, mesmo nas trevas mais densas, a luz de Deus pode brilhar.
A segunda parte do versículo, "e a tua justiça na terra do esquecimento?", amplia essa questão para o campo da justiça divina. A "terra do esquecimento" pode ser entendida como um lugar de abandono, de isolamento, onde as injustiças são ignoradas e as vítimas são deixadas à própria sorte. É um lugar onde a memória do bem se esvai, e o mal parece prevalecer sem consequências.
Nesse contexto, a pergunta questiona se a justiça de Deus ainda se manifesta em um mundo onde a iniquidade parece reinar. Se aqueles que praticam o mal prosperam e os justos sofrem, onde está a justiça divina? Será que ela também se perdeu na "terra do esquecimento", abandonando aqueles que clamam por socorro?
Assim como na primeira parte, a pergunta não é uma negação da justiça divina, mas sim um clamor por sua manifestação. É um apelo para que Deus não se esqueça daqueles que sofrem, que sua justiça prevaleça mesmo nos lugares mais sombrios e esquecidos. O versículo, portanto, é um poderoso lembrete da importância da fé e da esperança em tempos de adversidade, um convite a confiar na presença e na justiça divinas, mesmo quando a escuridão e o esquecimento parecem dominar.

Confissões de Santo Agostinho - Edição de Luxo Almofadada

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