Salmo 88:11
Será anunciada a tua benignidade na sepultura, ou a tua fidelidade na perdição?
Este versículo questiona profundamente a relevância das qualidades positivas de uma pessoa após a morte. Em termos espirituais, ele nos convida a refletir sobre o que realmente valorizamos na jornada terrena e como cultivamos essas qualidades em vida.
"Será anunciada a tua benignidade na sepultura...", esta parte nos leva a ponderar se a bondade, a compaixão e o amor que demonstramos terão algum significado no "além". A sepultura, simbolicamente, representa o fim da existência física, o ponto onde as experiências terrenas cessam. A pergunta implica que a benignidade, por si só, pode não ser suficiente para transcender a morte, a menos que ela tenha um impacto duradouro no mundo e nas pessoas que tocamos.
A palavra "anunciada" sugere que a benignidade precisa ser mais do que uma intenção privada; ela deve se manifestar em ações, palavras e relacionamentos que deixem um legado positivo. Não basta ser bom no coração; é preciso expressar essa bondade de forma tangível, influenciando o mundo ao nosso redor para melhor. Caso contrário, a bondade permanece confinada à sepultura, sem eco no reino espiritual.
"...ou a tua fidelidade na perdição?", esta segunda parte é ainda mais impactante. "Perdição" aqui não se refere necessariamente à condenação eterna, mas sim a um estado de esquecimento, de irrelevância, onde a pessoa perde sua conexão com o Divino e com o propósito da vida. A fidelidade, nesse contexto, representa a lealdade a princípios, valores e crenças. A pergunta é se essa fidelidade terá algum valor se a pessoa se perder em um caminho que a afasta da Verdade e do Amor.
A questão central é que a fidelidade, por si só, não garante a salvação ou a transcendência. É preciso que essa fidelidade esteja alinhada com um propósito superior, com a busca pela luz e pela verdade. Se a fidelidade for direcionada a objetivos egoístas, destrutivos ou que promovam a separação, ela se torna inútil na "perdição".
Em essência, o versículo nos adverte sobre a importância de viver uma vida significativa, onde a benignidade e a fidelidade se manifestem em ações que inspirem, curem e elevem. Não basta ser bom ou fiel; é preciso direcionar essas qualidades para o bem maior, buscando a conexão com o Divino e deixando um legado de amor e luz que transcenda a morte e o esquecimento.
A reflexão nos convida a repensar nossas prioridades, a examinar a qualidade de nossas ações e a garantir que nossa vida esteja alinhada com um propósito maior, para que a nossa benignidade e fidelidade ressoem para além da sepultura e da perdição.

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