Salmo 86:7
No dia da minha angústia clamo a ti, porquanto me respondes.
Este versículo, "No dia da minha angústia clamo a ti, porquanto me respondes," revela uma profunda verdade sobre a relação entre o ser humano e o Divino, especialmente nos momentos de maior vulnerabilidade.
A "angústia" aqui não se refere apenas a um sofrimento passageiro, mas a um estado de espírito carregado de dor, medo, incerteza e, muitas vezes, desespero. É aquele momento em que nos sentimos perdidos, sem chão, e a escuridão parece nos engolir. É nesse instante de fragilidade extrema que o versículo nos convida a clamar.
O "clamar" transcende a mera oração superficial. É um grito da alma, uma súplica sincera que emerge do fundo do nosso ser. Não é uma formalidade religiosa, mas uma necessidade visceral de conexão com algo maior do que nós mesmos. É o reconhecimento da nossa impotência diante da adversidade e a busca por amparo em uma força superior.
A beleza e a esperança deste versículo residem na promessa implícita: "porquanto me respondes". Essa resposta não precisa vir necessariamente na forma de uma solução imediata para o problema. Muitas vezes, a resposta se manifesta como uma paz interior inexplicável, uma força renovada para enfrentar os desafios, uma clareza mental que dissipa a confusão, ou até mesmo a percepção de que não estamos sozinhos nessa jornada.
A resposta Divina pode chegar de diversas formas: através de uma intuição repentina, de uma palavra amiga, de um livro que nos inspira, de um encontro inesperado ou, simplesmente, da sensação reconfortante de que somos amados e cuidados. O importante é estarmos abertos e receptivos aos sinais, mesmo que eles se apresentem de maneira sutil.
A certeza de que somos ouvidos e atendidos nos momentos de angústia é um poderoso alicerce para a nossa fé e para a nossa jornada espiritual. Saber que podemos clamar e receber uma resposta, seja ela qual for, nos fortalece e nos capacita a enfrentar os desafios da vida com mais coragem, esperança e resiliência. É a confirmação de que, mesmo nas trevas mais profundas, a luz Divina sempre estará presente para nos guiar.

Catecismo da Igreja Católica (edição de bolso)

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