Salmo 83:8

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Também a Assíria se ajuntou com eles; foram ajudar aos filhos de Ló. (Selá.)

Explicação

O versículo "8 Também a Assíria se ajuntou com eles; foram ajudar aos filhos de Ló. (Selá.)" carrega um significado espiritual profundo, especialmente quando analisado sob a luz da Cabala e da interpretação mística da Torá.

Primeiramente, é crucial entender que a Assíria, na tradição esotérica judaica, não representa apenas uma entidade geográfica ou política. Ela simboliza as forças do ego, da arrogância e da agressividade, inerentes à natureza humana não refinada. A Assíria é o arquétipo daquele poder que busca dominar e controlar, muitas vezes através da força bruta e da imposição da vontade.

Os "filhos de Ló" (Moabe e Amon) representam, por sua vez, um aspecto da alma que se desviou do caminho da retidão. Ló, sobrinho de Abraão, embora inicialmente ligado à santidade, fez escolhas que o levaram a um desvio, e seus descendentes carregam essa marca de instabilidade espiritual. Eles simbolizam as inclinações inferiores da alma, os desejos egoístas e as paixões descontroladas que podem nos afastar da nossa verdadeira essência divina.

A frase "Também a Assíria se ajuntou com eles" revela uma dinâmica perigosa: quando as inclinações inferiores da alma (os filhos de Ló) se tornam dominantes, o ego (a Assíria) se fortalece e se junta a elas, amplificando o poder destrutivo desses impulsos. Isso significa que, quando nos deixamos levar pelos desejos egoístas e pelas paixões descontroladas, estamos abrindo espaço para o fortalecimento do ego, que nos impede de alcançar a verdadeira conexão com o Divino.

A expressão "foram ajudar" é particularmente reveladora. A ajuda que a Assíria oferece aos filhos de Ló não é uma ajuda genuína, mas sim uma forma de exploração e manipulação. O ego, ao se aliar às inclinações inferiores, aparentemente as "ajuda" a se manifestarem, mas, na verdade, está apenas buscando fortalecer o seu próprio domínio sobre a alma. É uma falsa promessa de satisfação que, no final, leva apenas à frustração e ao sofrimento.

O termo "(Selá.)" no final do versículo é uma pausa musical e reflexiva, um convite para contemplar a profundidade do seu significado. Ele nos chama a refletir sobre a importância de estarmos conscientes das forças do ego e das inclinações inferiores em nossas vidas, e de buscarmos o caminho da retidão e da conexão com o Divino para evitar que essas forças nos dominem.

Em essência, este versículo serve como um alerta para a importância do autoconhecimento e do domínio sobre as paixões. Ele nos lembra que a verdadeira liberdade espiritual reside na capacidade de transcender o ego e de nos conectarmos com a nossa essência divina, em vez de nos deixarmos levar pelas falsas promessas de satisfação que o mundo material e o ego nos oferecem.

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