Salmo 81:9
Não haverá entre ti deus alheio, nem te prostrarás ante um deus estranho.
Este versículo, "Não haverá entre ti deus alheio, nem te prostrarás ante um deus estranho", transcende a simples proibição de idolatria. Ele nos convida a uma profunda reflexão sobre a natureza da nossa devoção e a verdadeira fonte do nosso poder.
Espiritualmente, o "deus alheio" representa qualquer coisa que usurpe o lugar da nossa conexão primordial com a Fonte Divina, a Inteligência Cósmica, o Universo, ou qualquer nome que ressoe com sua verdade interior. Não se limita a estátuas de madeira ou metal. Pode ser o poder, a riqueza, a aprovação alheia, o vício, o medo, ou mesmo a obsessão por um ideal. Tudo aquilo que colocamos acima da nossa própria essência divina, da nossa intuição e da nossa capacidade de amar incondicionalmente.
“Não te prostrarás” significa não render sua energia vital, sua força interior, sua autonomia, a algo externo. Quando nos prostramos ante um “deus estranho”, estamos, em essência, entregando o nosso poder. Estamos declarando que algo fora de nós tem a capacidade de nos definir, de nos completar, de nos dar sentido. Essa entrega nos afasta da nossa verdadeira natureza, da nossa capacidade de cocriar a nossa realidade e de manifestar a nossa luz no mundo.
A essência deste ensinamento reside na liberdade. Liberdade de escolher a quem ou a que dedicamos a nossa energia. Liberdade de reconhecer a divindade inerente em cada um de nós. Liberdade de nos conectarmos diretamente com a Fonte, sem intermediários que nos manipulem ou nos afastem da verdade.
Quando internalizamos essa mensagem, começamos a discernir com mais clareza o que nos nutre e o que nos drena. Aprendemos a questionar as crenças limitantes que nos foram impostas e a resgatar o nosso poder pessoal. A jornada espiritual se torna, então, uma jornada de autodescoberta, de reconhecimento da nossa própria divindade e de alinhamento com a Fonte que reside em nós.
Em vez de buscar a aprovação externa, aprendemos a nos amar e a nos aceitar incondicionalmente. Em vez de nos prostarmos ante o medo, cultivamos a coragem de seguir o nosso coração. Em vez de nos apegarmos à riqueza material, aprendemos a valorizar as riquezas da alma: a alegria, a paz, a compaixão, a gratidão.
Ao libertarmos o nosso coração de "deuses alheios", abrimos espaço para a manifestação da nossa verdadeira essência, para a expressão autêntica do nosso propósito de vida e para a cocriação de um mundo mais justo, mais compassivo e mais conectado com a Fonte Divina.

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