Salmo 81:8
Ouve-me, povo meu, e eu te atestarei: Ah, Israel, se me ouvires!
Este versículo, profundo em sua simplicidade, ressoa como um chamado do Divino, uma súplica amorosa para uma conexão mais íntima e uma vida em harmonia com a Vontade Superior. "Ouve-me, povo meu," não é apenas um apelo auditivo, mas um convite para abrir o coração e a mente à Sabedoria que permeia o Universo. É um reconhecimento de que somos todos parte de um Todo maior, interconectados e guiados por uma força benevolente.
A expressão "povo meu" evoca um laço de pertencimento, uma relação de amor e cuidado entre o Criador e a criação. Sugere que somos amados incondicionalmente, não importa nossos erros ou desvios. Somos parte de uma família espiritual, nutridos e protegidos por uma Presença constante. Este reconhecimento nos convida à humildade e à gratidão.
"Eu te atestarei" implica um testemunho da Verdade. Ao ouvirmos a voz interior, a intuição, a consciência Divina que reside em nós, recebemos a confirmação da nossa própria divindade e do nosso propósito único. Esta "atestação" não é um favor, mas uma consequência natural da sintonia com o Sagrado. É um despertar para a realidade de que somos seres espirituais vivendo uma experiência humana.
A exclamação "Ah, Israel, se me ouvires!" carrega um tom de anseio e esperança. "Israel," neste contexto, pode ser interpretado como o "povo que luta com Deus," representando a nossa jornada individual em busca da Verdade e do autoconhecimento. A condição "se me ouvires" revela que a escolha é sempre nossa. A liberdade de escolher seguir o caminho da luz ou permanecer na escuridão é um dom divino.
A implicação mais profunda deste versículo é que a felicidade e a plenitude residem na obediência à nossa própria consciência, à voz da alma que nos guia para a Verdade. Não se trata de uma obediência cega a dogmas ou doutrinas, mas sim de uma sintonia fina com o nosso Ser Superior, que nos conhece profundamente e sabe o que é melhor para nós. Ouvir essa voz interior requer silêncio, meditação e uma busca constante pela auto-consciência. Ao fazê-lo, descobrimos a Paz, a Alegria e o Amor que sempre estiveram dentro de nós.

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Catecismo da Igreja Católica (edição de bolso)
