Salmo 78:71
E o tirou do cuidado das que se acharam prenhes; para apascentar a Jacó, seu povo, e a Israel, sua herança.
Este versículo ressoa com a profunda jornada da alma, sua elevação e a subsequente responsabilidade de guiar outros. Ser "tirado do cuidado das que se acharam prenhes" pode ser interpretado como uma libertação de um ciclo de dependência, de envolvimento excessivo com as necessidades primárias e emocionais dos outros. Imagine uma alma que passou um tempo considerável nutrindo e cuidando, talvez até em detrimento do seu próprio desenvolvimento. Essa fase, embora importante, pode se tornar limitante, impedindo a alma de alcançar seu verdadeiro potencial e propósito.
Essa libertação não é um abandono, mas sim uma preparação. É o momento em que a alma é "tirada" para ser equipada com um conhecimento mais profundo, uma sabedoria mais vasta e uma conexão mais forte com o Divino. É um período de aprendizado intenso, de autoconhecimento e de desenvolvimento de habilidades que serão essenciais para a tarefa que a espera.
O ponto crucial é o propósito dessa elevação: "apascentar a Jacó, seu povo, e a Israel, sua herança". Jacó, aqui, representa a coletividade, o povo que busca orientação, conforto e direção. Israel, por sua vez, simboliza a herança espiritual, a promessa divina, o potencial latente dentro de cada indivíduo. A alma que foi "tirada" e preparada agora tem a responsabilidade de nutrir essa coletividade, de guiar o povo em direção à sua herança espiritual.
A "apascentar" não significa impor, controlar ou dominar. Significa nutrir com amor, sabedoria e compaixão. Significa oferecer o alimento espiritual necessário para o crescimento e a evolução da alma. Significa guiar com gentileza, incentivando cada indivíduo a descobrir sua própria verdade e a trilhar seu próprio caminho. É um chamado para o serviço, para a liderança espiritual e para a manifestação do amor incondicional. A alma, agora fortalecida e conectada, torna-se um farol de luz, guiando outros em direção à sua própria libertação e ao despertar de seu potencial divino.
Em essência, o versículo fala sobre a jornada da alma desde a dependência até a responsabilidade espiritual. É um convite para transcendermos as limitações do ego, para buscarmos o conhecimento e a sabedoria, e para usarmos esses dons para o bem maior, guiando e nutrindo aqueles que buscam a luz em suas próprias jornadas.

Catecismo da Igreja Católica (edição de bolso)

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