Salmo 78:32

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Com tudo isto ainda pecaram, e não deram crédito às suas maravilhas.

Explicação

Este versículo, ecoando através dos tempos, revela uma profunda verdade sobre a natureza humana e a complexidade de nossa jornada espiritual. Ele nos mostra que, mesmo diante de evidências tangíveis do divino, mesmo testemunhando milagres e maravilhas que transcendem a compreensão racional, ainda assim, podemos escolher o caminho do erro e da descrença.

A essência da mensagem reside na desconexão entre a experiência e a fé. É como se o ego, com sua teimosia e ilusão de controle, erigisse uma barreira entre nós e a luz. As "maravilhas", neste contexto, representam as manifestações da graça, os momentos em que o véu se levanta e vislumbramos a vastidão do amor e do poder superiores. São as sincronicidades, as curas inesperadas, os insights profundos que iluminam nossa trajetória.

No entanto, o "pecado" aqui não se limita a uma transgressão moral ou religiosa. Ele representa a escolha contínua de nos afastarmos da verdade, de nos apegarmos às ilusões do mundo material, de priorizarmos o medo em vez da fé. É a recusa em reconhecer a presença divina em nossas vidas e em nos render ao fluxo da sabedoria universal.

A falta de "crédito" às maravilhas não implica necessariamente uma negação consciente. Muitas vezes, manifesta-se como uma atitude de indiferença, de ceticismo ou de racionalização excessiva. Descontamos os milagres como coincidências, atribuímos as bênçãos ao acaso ou ao nosso próprio mérito, e assim, perdemos a oportunidade de nos conectarmos com a fonte de toda a criação.

Este versículo é um chamado à humildade e à abertura. Um convite a reconhecermos que somos parte de algo muito maior do que nós mesmos, e que a fé não é uma crença cega, mas sim uma confiança profunda na bondade e na inteligência que permeiam o universo. É um lembrete de que, mesmo em meio às dificuldades e aos desafios, a graça divina está sempre presente, esperando para ser reconhecida e acolhida em nossos corações.

A chave para transcender essa desconexão reside na prática da gratidão, na busca constante pela verdade interior e na disposição de nos rendermos à vontade divina. Ao abrirmos nossos olhos para as maravilhas que nos cercam e ao nutrirmos a fé em nosso íntimo, podemos romper as correntes do pecado e trilhar o caminho da luz e da plenitude.

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