Salmo 74:18

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Lembra-te disto: que o inimigo afrontou ao Senhor e que um povo louco blasfemou o teu nome.

Explicação

O versículo 18 do Salmo 74, "Lembra-te disto: que o inimigo afrontou ao Senhor e que um povo louco blasfemou o teu nome," ecoa uma profunda dor e um clamor por justiça divina. Espiritualmente, ele nos convida a refletir sobre as forças que se opõem ao divino e como elas se manifestam no mundo e dentro de nós.

Quando lemos "o inimigo afrontou ao Senhor," não devemos restringir essa afronta a uma figura externa e distante. O inimigo, em um sentido mais profundo, representa tudo aquilo que se opõe à luz, à verdade e ao amor. É a sombra que reside em cada um de nós, manifestada em nossos medos, dúvidas, egoísmo e apegos. Quando permitimos que esses aspectos sombrios nos dominem, estamos, de certa forma, afrontando a divindade que reside em nosso interior, a centelha divina que nos conecta ao Todo.

A blasfêmia, proferida por um "povo louco," não se limita a palavras ditas em vão. Ela se revela em ações que desrespeitam a sacralidade da vida, em pensamentos que negam a bondade inerente ao universo e em sentimentos que nos afastam da compaixão e da empatia. Um "povo louco" pode ser interpretado como aqueles que se deixam levar pela ignorância, pela ilusão da separação e pela crença de que podem existir independentemente do fluxo divino.

O pedido de "lembrança" não é um apelo para que Deus se recorde de algo que havia esquecido, mas sim uma súplica para que a consciência divina se manifeste em nossas vidas, dissipando a escuridão e restaurando a ordem e a harmonia. É um convite para que nos lembremos constantemente da presença divina em nós e ao nosso redor, para que possamos resistir às tentações do ego e nos alinhar com a vontade do Criador.

Em um nível pessoal, este versículo nos encoraja a observar as formas sutis em que o "inimigo" se manifesta em nossa própria vida e a identificar as "blasfêmias" que proferimos através de nossos pensamentos, palavras e ações. Ao reconhecermos essas forças, podemos começar a transformá-las, cultivando a virtude, a sabedoria e o amor em nossos corações.

A lembrança constante da afronta ao Senhor e da blasfêmia ao Seu nome nos impulsiona a agir com responsabilidade e integridade, a defender a justiça e a verdade e a emanar a luz divina para o mundo. É um chamado para nos tornarmos instrumentos da paz, da cura e da transformação, manifestando a presença divina em cada aspecto de nossa existência.

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