Salmo 73:4
Porque não há apertos na sua morte, mas firme está a sua força.
Este versículo, aparentemente conciso, mergulha profundamente nas águas da força interior e da serenidade perante o inevitável. Ele nos convida a olhar para a morte não como um terror a ser evitado a todo custo, mas como uma transição que pode ser vivida com dignidade e até mesmo com uma certa quietude.
A frase "não há apertos na sua morte" sugere a ausência de angústia, pânico ou sofrimento desnecessário no momento da passagem. Isso não implica, necessariamente, uma ausência física de dor, mas sim uma libertação do medo e da resistência que podem amplificar o sofrimento. Implica em aceitar o fluxo natural da vida, o ciclo de nascimento, crescimento, declínio e transformação, com a confiança de que há uma força maior nos sustentando.
Essa ausência de "apertos" pode ser alcançada através de uma vida vivida com propósito, com a consciência da impermanência e com a prática do desapego. Quando nos agarramos desesperadamente às coisas materiais, aos relacionamentos ou até mesmo à nossa própria identidade, a morte se torna uma ameaça existencial. Mas quando cultivamos a aceitação e a gratidão pelo que temos, somos capazes de soltar e permitir que a vida siga seu curso, inclusive na hora da partida.
A segunda parte do versículo, "firme está a sua força", complementa a primeira, oferecendo a chave para essa serenidade. A "sua força" pode ser interpretada de diversas maneiras. Pode ser a força interior de cada indivíduo, a capacidade de resiliência e de enfrentar os desafios da vida com coragem e determinação. Pode ser também a força divina, a presença do Espírito, que nos ampara e nos guia através dos momentos mais difíceis, inclusive na hora da morte.
Essa força "firme" é constante, inabalável e disponível para todos nós. Ela não se esgota, não diminui com o tempo e não é afetada pelas circunstâncias externas. Ao nos conectarmos com essa força interior ou divina, somos capazes de enfrentar a morte com uma paz que transcende o entendimento humano. Percebemos que a morte não é o fim, mas sim uma passagem para uma nova dimensão, uma nova forma de existência.
Em resumo, este versículo nos convida a cultivar a aceitação, o desapego e a conexão com a nossa força interior ou divina para que possamos enfrentar a morte com serenidade e dignidade, livres do medo e da angústia. Ele nos lembra que, mesmo nos momentos mais difíceis, a força que nos sustenta permanece firme e inabalável.

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