Salmo 72:4
Julgará os aflitos do povo, salvará os filhos do necessitado, e quebrantará o opressor.
Este versículo ressoa com uma profunda promessa de justiça divina, direcionada àqueles que sofrem e são oprimidos. Espiritualmente, ele nos revela a face compassiva do Criador, que não permanece indiferente ao sofrimento humano, mas age ativamente para aliviar a dor e restaurar a dignidade.
Julgará os aflitos do povo: A palavra "julgará" aqui não se refere a um julgamento no sentido punitivo, mas sim a um ato de discernimento e correção. Deus observa o sofrimento dos aflitos, daqueles que carregam o peso da dor, da injustiça e da desesperança. Ele penetra nas profundezas de suas almas, compreendendo as causas de sua aflição e, com sabedoria divina, estabelece um caminho de cura e libertação. Este "julgamento" é um ato de amor, que busca restaurar a harmonia e a justiça onde foram quebradas.
Salvará os filhos do necessitado: A promessa de salvação se estende aos "filhos do necessitado", ou seja, às futuras gerações daqueles que vivem em pobreza e vulnerabilidade. Isso indica que a ação divina transcende o presente, alcançando o futuro com a esperança de um amanhã melhor. Espiritualmente, isso nos fala sobre a importância de plantar sementes de esperança e justiça no presente, para que as futuras gerações possam colher os frutos da paz e da prosperidade. A salvação aqui não é apenas material, mas também espiritual, libertando-os do ciclo de sofrimento e desespero.
Quebrantará o opressor: A imagem do "opressor" sendo quebrantado representa a derrota do mal e da injustiça. Espiritualmente, isso significa que as forças que perpetuam o sofrimento, como a ganância, o egoísmo e a crueldade, serão desmanteladas. Deus não tolera a opressão e, em seu tempo, age para desmascarar os opressores e libertar os oprimidos. Este "quebrantamento" não é necessariamente um ato de vingança, mas sim um processo de transformação, que busca converter os corações dos opressores à compaixão e à justiça.
Em suma, este versículo é um farol de esperança para todos aqueles que sofrem. Ele nos lembra que não estamos sozinhos em nossas lutas e que a justiça divina prevalecerá. Espiritualmente, ele nos convida a confiar na providência divina, a orar pelos aflitos, a trabalhar pela justiça e a plantar sementes de esperança para um futuro melhor. Ele nos chama a sermos instrumentos da justiça e da compaixão de Deus no mundo.

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