Salmo 71:9
Não me rejeites no tempo da velhice; não me desampares, quando se for acabando a minha força.
O versículo "Não me rejeites no tempo da velhice; não me desampares, quando se for acabando a minha força" ecoa uma prece profunda, carregada de vulnerabilidade e confiança em uma força maior. Espiritualmente, ele revela a jornada humana através das estações da vida, reconhecendo a beleza e a fragilidade inerentes ao envelhecer.
Ao suplicar "Não me rejeites no tempo da velhice", o salmista expressa o temor de ser abandonado, não apenas fisicamente, mas também espiritualmente. A velhice, muitas vezes associada à sabedoria e à experiência acumulada, pode paradoxalmente trazer consigo sentimentos de isolamento e inadequação. A oração busca reafirmar a conexão com o Divino, pedindo para não ser esquecido ou julgado por conta das limitações que o tempo impõe.
A frase "não me desampares, quando se for acabando a minha força" reconhece a inevitável diminuição das capacidades físicas e mentais. Espiritualmente, essa perda de força pode representar um desafio à fé. É um momento em que a dependência de algo maior se torna ainda mais evidente. O pedido para não ser desamparado transcende a necessidade de apoio físico; busca a presença constante da graça divina, fortalecendo o espírito e mantendo a chama da esperança acesa.
Essa prece, portanto, é um apelo à compaixão e à misericórdia. Ela nos lembra que, em todas as fases da vida, somos seres espirituais em busca de conexão e significado. O versículo convida a uma reflexão sobre como lidamos com o envelhecimento, tanto o nosso quanto o dos outros. Incentiva a cultivar a empatia, o respeito e o amor incondicional, oferecendo apoio e compreensão àqueles que se encontram nessa fase da jornada. É um lembrete de que a verdadeira força reside na fé e na confiança no Divino, que nos ampara em todos os momentos, especialmente quando nos sentimos mais vulneráveis.
A beleza dessa súplica reside na sua universalidade. Ela fala diretamente ao coração humano, independentemente da idade ou da condição física. É um convite a reconhecer a nossa dependência de uma força superior e a cultivar uma relação íntima com o Divino, buscando conforto, orientação e amparo em todas as etapas da vida. É um reconhecimento de que, mesmo quando a força física diminui, a força espiritual pode permanecer inabalável, guiando-nos com amor e sabedoria até o nosso destino final.

Catecismo da Igreja Católica (edição de bolso)

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