Salmo 71:8
Encha-se a minha boca do teu louvor e da tua glória todo o dia.
"Encha-se a minha boca do teu louvor e da tua glória todo o dia" é um verso que ressoa com a profunda aspiração de uma conexão constante e vibrante com o Divino. É um clamor para que a presença de Deus seja tão abundante em nossa vida que transborde naturalmente em expressões de adoração.
Imagine sua boca, seu ser, como um vaso. O versículo pede que esse vaso seja preenchido completamente, não apenas com palavras ocasionalmente proferidas em momentos de devoção formal, mas com um fluxo contínuo de louvor. Isso não significa uma repetição mecânica de hinos ou orações, mas sim um estado de consciência elevado onde cada pensamento, cada ação, se torna uma manifestação da beleza e da grandeza de Deus.
O "teu louvor" aqui se refere à exaltação das qualidades divinas: a bondade infinita, a compaixão inesgotável, o amor incondicional. É reconhecer a presença de Deus em cada detalhe da criação, na beleza de uma flor, na força de um rio, na bondade de um ato de gentileza. É ver a mão de Deus atuando em cada momento de nossa vida, guiando-nos e sustentando-nos.
A "tua glória" é a manifestação da majestade e do poder de Deus. É reconhecer a magnitude do Divino, a vastidão do universo que Ele criou, a complexidade e a beleza da vida. É sentir-se pequeno diante da grandeza de Deus, mas também sentir-se amado e acolhido em Sua presença. Louvar a glória de Deus é render-se à Sua vontade, reconhecendo que Ele é o Senhor de tudo e que tudo existe para o Seu propósito.
A frase "todo o dia" é crucial. Não se trata de um louvor restrito a momentos específicos, mas sim de uma atitude contínua. É encontrar Deus nas tarefas cotidianas, nos desafios e nas alegrias. É transformar cada momento em uma oportunidade para expressar gratidão e admiração. É viver em um estado constante de conexão com o Divino, onde o louvor e a glória de Deus permeiam cada aspecto de nossa existência.
Este versículo nos convida a cultivar uma vida de devoção profunda e constante. Não é apenas sobre o que dizemos, mas sobre como vivemos. É sobre permitir que a presença de Deus transforme nosso coração e nossa mente, de modo que cada palavra que proferimos e cada ação que realizamos sejam uma expressão do amor e da gratidão que sentimos por Ele. É sobre tornar-se um canal da luz divina, irradiando a glória de Deus para o mundo.

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