Salmo 57:8
Desperta, glória minha; despertai, saltério e harpa; eu mesmo despertarei ao romper da alva.
O versículo 8 do Salmo 57, "Desperta, glória minha; despertai, saltério e harpa; eu mesmo despertarei ao romper da alva," é um chamado profundo à ação, tanto interna quanto externamente. É um despertar da alma, uma convocação para que todas as faculdades do ser se unam em louvor e celebração da Presença Divina.
"Desperta, glória minha" é uma exortação à própria essência, à centelha divina que reside em cada um de nós. A "glória" aqui não se refere a vaidade ou orgulho, mas sim à manifestação da luz interior, à capacidade de refletir a beleza e a bondade que emanam do Criador. É um chamado para que essa luz, que por vezes se encontra adormecida sob as camadas de preocupações e desafios da vida, se manifeste em toda a sua plenitude.
"Despertai, saltério e harpa" simboliza a necessidade de expressar essa glória através da arte, da música, da criatividade. O saltério e a harpa representam os instrumentos que amplificam e elevam a alma, que transformam o íntimo em melodia. É um convite para que utilizemos nossos dons e talentos para honrar o Divino, para expressar nossa gratidão e para inspirar outros a trilharem o caminho da luz. A música, nesse contexto, é a linguagem da alma, capaz de transcender as palavras e tocar o coração.
"Eu mesmo despertarei ao romper da alva" representa a promessa de um novo começo, de uma renovação espiritual que se manifesta com a chegada de cada novo dia. O "romper da alva" simboliza a esperança, a oportunidade de recomeçar, de deixar para trás as sombras da noite e abraçar a luz da manhã. É um compromisso pessoal de se entregar à Presença Divina, de buscar a conexão com o Sagrado desde o primeiro momento do dia, para que a jornada seja guiada pela sabedoria e pelo amor.
Em essência, o versículo convida a uma vida de despertar constante, onde a glória interior é expressa através da criatividade e da devoção, renovando-se a cada amanhecer. É um chamado para que nos tornemos instrumentos da luz, refletindo a beleza do Divino em tudo o que fazemos e em tudo o que somos.

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