Salmo 55:7
Eis que fugiria para longe, e pernoitaria no deserto. (Selá.)
O versículo 7, "Eis que fugiria para longe, e pernoitaria no deserto. (Selá.)", ecoa um profundo anseio por escape e um reconhecimento da necessidade de refúgio. Espiritualmente, representa momentos em nossas vidas quando a alma se sente oprimida, ferida ou sobrecarregada pelas pressões do mundo.
A fuga "para longe" simboliza a busca por afastamento das fontes de dor, seja em relacionamentos, situações de trabalho, ou mesmo de padrões de pensamento negativos. Não é necessariamente uma fuga física, mas uma retirada interna, um desejo de se distanciar daquilo que nos causa sofrimento.
O "deserto" é um lugar árido, de provação, mas também de purificação. Espiritualmente, o deserto representa um período de solitude, de escassez e de confronto com o eu interior. É um local onde as ilusões se dissipam e a verdade se revela. A pernoite no deserto indica uma imersão nessa provação, um tempo prolongado de introspecção e busca por renovação.
A experiência do deserto pode ser dolorosa, mas é também profundamente transformadora. É no deserto que aprendemos a depender de uma força maior, a encontrar água onde parece não haver, e a descobrir a nossa própria resiliência. É um tempo de despojamento, onde abandonamos o supérfluo e nos reconectamos com a nossa essência.
O "Selá" no final do versículo é uma pausa musical, um convite à reflexão. Ele nos chama a meditar sobre a experiência da fuga e do deserto, a ponderar sobre o que estamos buscando evitar e o que podemos aprender com a nossa solidão. É um lembrete de que, mesmo nos momentos mais difíceis, há uma oportunidade de crescimento e de renovação espiritual.
Assim, o versículo 7 nos convida a reconhecer a nossa necessidade de refúgio, a enfrentar os nossos desertos interiores e a confiar no processo de transformação que eles podem trazer. É um lembrete de que, mesmo na fuga, podemos encontrar a paz e a força para seguir em frente.

Alma ferida, alma curada: Os caminhos da fé para vencer os problemas

Bíblia King James 1611 de Estudo Holman - Duotone - 7° Edição
