Salmo 55:20

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Tal homem pôs as suas mãos naqueles que têm paz com ele; quebrou a sua aliança.

Explicação

Este versículo, carregado de simbolismo, nos fala sobre a quebra da harmonia e da confiança mútua, um ato que reverbera muito além do plano físico, afetando a nossa jornada espiritual. "Tal homem" representa uma energia, uma postura da alma, não necessariamente um indivíduo específico. É aquele que se apresenta com aparente benevolência, aquele que se aproxima sob o manto da paz, mas que, em seu íntimo, nutre intenções divergentes.


"Pôs as suas mãos naqueles que têm paz com ele" evoca a imagem de um toque, de uma conexão estabelecida. É o abraço, o aperto de mão, o gesto que denota aprovação e aceitação. Aqueles que "têm paz com ele" são almas que buscam a concórdia, que se abrem à união e à colaboração, acreditando genuinamente na possibilidade de uma relação harmoniosa. São pessoas de boa fé, que irradiam uma energia positiva e que esperam reciprocidade.


No entanto, o ato de "pôr as mãos" aqui, adquire uma conotação sombria. Não é um toque de bênção, mas sim um gesto de manipulação. É como se, ao se aproximar daqueles que estão em paz, essa energia sutilmente os envolvesse, buscando enfraquecer sua essência, minar sua força interior. A paz alheia, que deveria ser celebrada, torna-se um alvo, uma oportunidade para exercer controle e poder.


"Quebrou a sua aliança" é o ponto crucial. Uma aliança, no sentido espiritual, é um pacto sagrado, um acordo de alma firmado em princípios de lealdade, respeito e compromisso mútuo. Quebrá-la não é apenas descumprir uma promessa, mas sim rasgar o tecido da confiança, macular a integridade da relação. É um ato de traição que deixa cicatrizes profundas e que abala a fé na bondade inerente ao universo.


A quebra da aliança representa um retrocesso na jornada espiritual, tanto para aquele que a infringe quanto para aqueles que são afetados por ela. Para o transgressor, significa um desvio do caminho da luz, um mergulho nas sombras da ilusão e do egoísmo. Para aqueles que depositavam sua confiança, é um choque, uma decepção que pode gerar desilusão e até mesmo amargura.


Este versículo nos convida a refletir sobre a importância da discernimento espiritual. Nem sempre aqueles que se aproximam de nós com sorrisos e palavras agradáveis são verdadeiros aliados. É preciso observar os sinais, sentir a energia por trás das máscaras e proteger a nossa paz interior. A verdadeira aliança é aquela que se baseia na transparência, na honestidade e no respeito mútuo, aquela que nutre a alma e que nos eleva a um patamar superior de consciência.

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