Salmo 5:9
Porque não há retidão na boca deles; as suas entranhas são verdadeiras maldades, a sua garganta é um sepulcro aberto; lisonjeiam com a sua língua.
Este versículo, carregado de simbolismo, mergulha nas profundezas da alma humana para expor a máscara da falsidade e a semente da maldade que pode se esconder por trás de palavras aparentemente doces. Vamos desvendá-lo, buscando a compreensão espiritual por trás de cada linha.
"Porque não há retidão na boca deles..."
A boca, o portal da fala, é o instrumento através do qual expressamos nossos pensamentos e intenções. A ausência de retidão aqui indica uma desconexão entre o que é dito e o que é verdadeiramente sentido e intencionado. Implica uma falta de integridade, onde a palavra perde seu valor sagrado e se torna ferramenta de manipulação. Espiritualmente, nos lembra que a verdadeira comunicação nasce da autenticidade e da honestidade consigo mesmo e com o outro. A "retidão" ausente aponta para uma alma desviada do caminho da verdade, uma bússola interna desorientada.
"...as suas entranhas são verdadeiras maldades..."
As "entranhas" representam o âmago do ser, o centro das emoções e dos desejos mais profundos. A presença de "verdadeiras maldades" nesse espaço íntimo revela uma contaminação da alma, uma predisposição para o mal que se manifesta em pensamentos, sentimentos e, consequentemente, ações. Não se trata apenas de erros ou imperfeições, mas de uma intenção consciente de prejudicar, de semear discórdia e de se beneficiar da dor alheia. Espiritualmente, nos alerta para a importância de purificar nossos pensamentos e intenções, de cultivar a bondade e a compaixão em nosso coração.
"...a sua garganta é um sepulcro aberto..."
A imagem de um "sepulcro aberto" é poderosa e perturbadora. Ela sugere que as palavras proferidas por essa garganta são carregadas de morte, de destruição e de corrupção. São palavras que envenenam, que minam a esperança e que destroem a vida. Um sepulcro aberto também evoca a ideia de algo escondido, de segredos obscuros que exalam um odor fétido. Espiritualmente, nos adverte sobre o poder destrutivo da língua e a importância de usar a palavra para edificar, para curar e para inspirar, em vez de ferir e manipular.
"...lisonjeiam com a sua língua..."
A lisonja, o elogio falso e exagerado, é a arma final desse arsenal de engano. Ela serve para adular, para manipular e para controlar, muitas vezes com o objetivo de obter algum benefício pessoal. A lisonja é como um veneno doce, que embriaga e cega, impedindo que a vítima perceba as verdadeiras intenções do lisonjeador. Espiritualmente, nos ensina a discernir a sinceridade da falsidade, a valorizar a honestidade mesmo quando ela dói, e a nos protegermos daqueles que usam palavras doces para nos manipular.
Em resumo, este versículo nos convida a uma profunda reflexão sobre a importância da integridade, da honestidade e da pureza de intenção. Ele nos alerta para os perigos da falsidade, da maldade e da manipulação, e nos lembra que a verdadeira espiritualidade se manifesta em palavras e ações que refletem a luz e o amor.

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