Salmo 46:3
Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. (Selá.)
O versículo 3 do Salmo 46, "Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. (Selá.)", é uma poderosa declaração de fé e confiança em meio ao caos. Espiritualmente, ele nos convida a contemplar a natureza tumultuosa da vida e a reconhecer a presença constante de Deus, mesmo quando tudo ao nosso redor parece desmoronar.
As "águas que rujam e se perturbem" podem ser interpretadas como as emoções turbulentas, as dificuldades inesperadas, os desafios que nos sobrecarregam. São os momentos de ansiedade, medo, incerteza e até mesmo desespero que inevitavelmente enfrentamos ao longo da jornada. Elas representam a força avassaladora dos problemas que ameaçam nos afogar. A imagem de águas turbulentas evoca a sensação de perda de controle, de sermos levados pela correnteza de eventos que fogem ao nosso alcance.
"Os montes que se abalem pela sua braveza" simbolizam as estruturas sólidas que nos dão segurança e estabilidade. Podem ser nossos relacionamentos, nossa saúde, nossa situação financeira, nossos planos e sonhos. Quando esses "montes" começam a tremer, quando sentimos que a base da nossa vida está sendo abalada, a sensação de vulnerabilidade é intensa. A braveza, a força das águas, aqui se manifesta como a capacidade de destruir até mesmo o que parece mais resistente.
Apesar dessa descrição dramática, o versículo não é um prenúncio de desgraça, mas sim um convite à confiança. Ele nos lembra que, mesmo em meio ao caos e à instabilidade, há uma força maior que nos sustenta: Deus. A mensagem é que, independentemente do tamanho da tempestade, da magnitude do abalo, a presença divina permanece constante e inabalável.
O "Selá" ao final do versículo é uma pausa para reflexão. Ele nos convida a parar, respirar e internalizar a mensagem. É um momento para reconhecer a grandiosidade do desafio, mas também para renovar a nossa fé e lembrar que não estamos sozinhos. É um convite para mergulhar naquietude e encontrar a paz interior que reside na certeza da presença divina em nossas vidas. Em última análise, o versículo nos ensina que a verdadeira força não está na ausência de problemas, mas na capacidade de manter a fé e a confiança em Deus, mesmo quando tudo ao nosso redor parece ruir.

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