Salmo 43:4
Então irei ao altar de Deus, a Deus, que é a minha grande alegria, e com harpa te louvarei, ó Deus, Deus meu.
Este versículo é um portal para compreendermos a profundidade da conexão espiritual e a beleza da alegria encontrada na presença divina. Quando o salmista declara "Então irei ao altar de Deus", ele não está falando apenas de um lugar físico, mas sim de um estado de espírito, de uma predisposição da alma. O altar representa o ponto de encontro, o lugar sagrado dentro de nós onde a comunicação com o Divino se torna mais intensa e verdadeira. É o espaço interno purificado pela intenção e pela busca.
A frase "a Deus, que é a minha grande alegria" revela a essência da relação com o Criador. Não se trata de um mero dever ou obrigação religiosa, mas de uma fonte genuína de felicidade. Essa alegria não é efêmera ou superficial, como a alegria proporcionada por bens materiais ou conquistas mundanas. É uma alegria profunda, enraizada na certeza do amor incondicional e na paz que transcende o entendimento humano. Essa alegria é um reflexo da própria natureza divina que reside em nós.
A menção da harpa como instrumento de louvor carrega um simbolismo rico. A harpa, com suas cordas que vibram em harmonia, representa a alma humana em sintonia com a frequência divina. O louvor, nesse contexto, não é apenas um cântico ou uma oração formal, mas uma expressão espontânea de gratidão e admiração. É a alma que dança em comunhão com o Criador, vibrando em uníssono com a melodia do universo. Cada nota tocada na harpa simboliza um aspecto da nossa jornada espiritual, as alegrias e os desafios, as vitórias e as lições aprendidas.
Finalmente, a declaração "ó Deus, Deus meu" enfatiza a intimidade e a pessoalidade da relação com o Divino. Não se trata de um Deus distante e inacessível, mas de um Deus que se manifesta em nossa vida de forma particular e única. É o Deus que nos conhece pelo nome, que compreende nossos anseios e medos, que nos ampara nos momentos de dificuldade e que celebra conosco as nossas conquistas. É o Deus que reside em nosso coração e que nos convida a trilhar o caminho da evolução espiritual em sua companhia. É um reconhecimento da divindade como parte integrante do nosso ser, uma conexão profunda e pessoal que nos nutre e nos guia.

Confissões de Santo Agostinho - Edição de Luxo Almofadada

Bíblia King James 1611 de Estudo Holman - Duotone - 7° Edição
