Salmo 40:10

Este versículo, extraído do livro de Salmos, ressoa profundamente com a necessidade de expressarmos nossa fé e gratidão. Ele nos convida a uma reflexão sobre a importância de não guardarmos para nós a beleza e a força transformadora da experiência espiritual.

"Não escondi a tua justiça dentro do meu coração;" Aqui, o salmista revela que a justiça divina, a retidão e a integridade que ele encontrou em sua conexão com o Sagrado, não ficaram aprisionadas em seu íntimo. Essa justiça não era um segredo a ser guardado, mas uma luz a ser irradiada. O coração, nesse contexto, simboliza o centro das emoções, da compreensão e da vontade. Manter a justiça divina ali, escondida, seria como reter um presente valioso, impedindo que ele beneficiasse outros.

"Apregoei a tua fidelidade e a tua salvação." O ato de "apregoar" significa proclamar em voz alta, divulgar com entusiasmo. A fidelidade divina, a constância e a lealdade inabalável do Criador, juntamente com a salvação, a libertação das amarras do sofrimento e da escuridão, são motivos de grande júbilo. O salmista não se contenta em sentir essa alegria internamente; ele a compartilha, anunciando a todos a bondade e o poder transformador da fé. Essa proclamação é um ato de amor, uma forma de convidar outros a experimentarem a mesma paz e esperança.

"Não escondi da grande congregação a tua benignidade e a tua verdade." A "grande congregação" representa a comunidade, o coletivo de pessoas que compartilham uma busca espiritual. A benignidade divina, a bondade, a compaixão e a misericórdia infinitas, e a verdade, a essência da realidade, a sabedoria que transcende as ilusões, não foram ocultadas dessa comunidade. O salmista entende que a experiência espiritual é fortalecida quando compartilhada, quando a fé se manifesta em ações e palavras que inspiram e elevam o espírito coletivo. Ao não esconder a benignidade e a verdade divinas, ele oferece à comunidade um farol de esperança, um caminho para a cura e a transformação.

Em essência, este versículo nos incentiva a sermos canais da luz divina, a expressarmos nossa fé de forma autêntica e a compartilharmos a beleza da experiência espiritual com o mundo. Ele nos lembra que a verdadeira transformação ocorre quando a justiça, a fidelidade, a salvação, a benignidade e a verdade divinas não são apenas sentidas internamente, mas também irradiadas para o exterior, impactando positivamente a vida de todos ao nosso redor.