Salmo 38:21
Não me desampares, Senhor, meu Deus, não te alongues de mim.
Este versículo ressoa com a angústia da alma que se sente vulnerável e necessitada da presença divina. É um clamor sincero, um pedido de amparo em um momento de possível fragilidade ou provação. "Não me desampares, Senhor, meu Deus," expressa a profunda dependência que o indivíduo sente em relação a uma força superior, reconhecendo que sua própria força é insuficiente para enfrentar os desafios da vida.
A palavra "desamparar" evoca a imagem de abandono, de se sentir sozinho e desprotegido. Espiritualmente, pode refletir um momento de crise na fé, onde a conexão com o Divino parece tênue ou distante. Pode ser um período de dúvida, de escuridão interior, ou de provações externas que abalam a confiança e a esperança. É nesse momento de maior vulnerabilidade que o clamor por amparo se torna mais intenso.
A invocação "meu Deus" revela uma relação pessoal e íntima com o Divino. Não é apenas um Deus distante e impessoal, mas sim uma Presença amiga e protetora, com quem se estabeleceu uma ligação de confiança e amor. Ao chamar Deus de "meu," o indivíduo reafirma essa conexão e expressa a crença de que não está totalmente perdido, que ainda há um laço que o une à Fonte de toda a Luz.
"Não te alongues de mim" complementa o pedido anterior, enfatizando a necessidade de proximidade divina. O medo aqui é de que a distância entre o indivíduo e Deus se torne insuportável, que a comunicação se perca e que a esperança se desvaneça. Essa "longidade" pode ser interpretada como uma sensação de isolamento espiritual, onde a voz interior se silencia e a Presença Divina parece se afastar.
Espiritualmente, este versículo nos convida a refletir sobre nossa própria relação com o Divino. Ele nos lembra que é natural sentirmos medo e vulnerabilidade em certos momentos da vida, e que não há vergonha em buscar amparo e proteção em uma força superior. O importante é manter a fé, cultivar a conexão com o Sagrado e expressar nossos sentimentos com sinceridade e humildade, confiando que a Presença Divina está sempre disponível para nos acolher e guiar, mesmo nos momentos mais sombrios.
Portanto, este versículo é um lembrete poderoso de que não estamos sozinhos em nossa jornada espiritual. Ele nos encoraja a buscar a proximidade divina, a fortalecer nossa fé e a confiar que, mesmo quando nos sentimos desamparados, a Presença de Deus está sempre conosco, pronta para nos amparar e nos guiar.

Banquete do Cordeiro (O) - A missa segundo um convertido: A missa segundo um convertido

Catecismo da Igreja Católica (edição de bolso)
