Salmo 37:25

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Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua semente a mendigar o pão.

Explicação

Este versículo do Salmo 37, versículo 25, é um testemunho profundo e comovente sobre a providência divina e a justiça inerente ao universo. Ele ecoa a experiência de uma vida vivida em observação, uma vida que contemplou o desenrolar dos acontecimentos e tirou conclusões importantes sobre a natureza da realidade espiritual.

A frase "Fui moço, e agora sou velho" nos convida a imaginar um narrador, alguém que passou pelas diversas fases da vida, desde a juventude cheia de energia e potencial até a velhice, marcada pela sabedoria acumulada e pela perspectiva ampliada que o tempo oferece. É uma jornada de aprendizado, de erros e acertos, de alegrias e tristezas, que moldam a compreensão do indivíduo sobre o mundo e sobre si mesmo.

A declaração central, "mas nunca vi desamparado o justo", é o coração deste versículo. Ela não se refere a uma justiça legal ou terrena, mas sim a uma justiça espiritual, a uma retidão de coração e intenção. O "justo" aqui é aquele que busca viver em harmonia com os princípios divinos, que se esforça para fazer o bem e para cultivar a virtude em sua vida. O narrador afirma que, em toda a sua longa vida, nunca testemunhou um indivíduo assim ser abandonado à própria sorte.

Essa promessa de amparo divino não significa que o justo estará imune a desafios ou dificuldades. A vida impõe obstáculos a todos, independentemente de sua bondade ou retidão. O que o versículo implica é que, mesmo em meio às provações, o justo nunca estará completamente sozinho. Haverá sempre uma força superior, uma presença divina, que o sustentará, o guiará e o protegerá, seja através de oportunidades inesperadas, de pessoas que surgem para ajudar ou da própria força interior que se manifesta nos momentos de necessidade.

A frase "nem a sua semente a mendigar o pão" amplia essa promessa para as gerações futuras. A "semente" do justo representa seus descendentes, seus filhos e netos. O versículo assegura que a linhagem de um indivíduo justo não será reduzida à miséria ou à mendicância. Isso não é uma garantia de riqueza material, mas sim uma promessa de que seus herdeiros receberão o sustento necessário para viver com dignidade e respeito. É uma manifestação da lei da causa e efeito, onde as ações positivas de uma geração reverberam nas gerações seguintes, criando um legado de bênçãos e prosperidade.

Em essência, este versículo é um lembrete poderoso da importância de cultivar a justiça e a retidão em nossas vidas. Ele nos assegura que, ao nos esforçarmos para viver em harmonia com os princípios divinos, estaremos abrindo as portas para a providência divina, tanto em nossa própria vida quanto na vida de nossos descendentes. É um chamado à fé, à esperança e à confiança no poder da bondade para transformar o mundo e construir um futuro mais justo e próspero para todos.

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