Salmo 37:20
Mas os ímpios perecerão, e os inimigos do Senhor serão como a gordura dos cordeiros; desaparecerão, e em fumaça se desfarão.
O versículo expressa uma lei universal de causa e efeito, vista sob a perspectiva espiritual. Não se trata de uma vingança divina arbitrária, mas sim da consequência inevitável de escolhas que se afastam da harmonia e do amor que sustentam o universo.
"Mas os ímpios perecerão..." A "impiedade" aqui não se refere apenas a atos isolados de maldade, mas a um estado de espírito constante de separação da Fonte Divina, uma desconexão do amor e da compaixão. "Perecer" não significa necessariamente uma destruição física, mas sim um definhamento espiritual, uma perda da vitalidade e da conexão com o propósito maior da existência. É uma vida vivida na ilusão da separação, que inevitavelmente leva ao sofrimento e à desintegração.
"...e os inimigos do Senhor serão como a gordura dos cordeiros..." A imagem da gordura dos cordeiros, algo considerado valioso em tempos antigos para sacrifícios, sendo consumida pelo fogo, ilustra a futilidade da oposição à vontade divina. Aqueles que se colocam como "inimigos do Senhor" são, na verdade, inimigos de si mesmos, aprisionados em padrões de egoísmo, medo e controle. Seus esforços para desafiar ou manipular as leis universais são como a gordura: inflamam-se brevemente, mas logo se dissipam em fumaça, sem deixar vestígios duradouros.
"...desaparecerão, e em fumaça se desfarão." A fumaça simboliza a transitoriedade, a ilusão da permanência. Aquilo que é construído sobre o ego e a desconexão espiritual não tem raízes profundas e, portanto, não pode resistir ao tempo e à transformação. A fumaça se dissipa rapidamente, revelando a vacuidade por trás da aparente solidez. A imagem da fumaça também sugere uma purificação. O "fogo" que consome a gordura pode ser interpretado como a energia da verdade, que desfaz as ilusões e as falsas identidades, permitindo que a essência divina se manifeste.
Em essência, o versículo nos lembra que a lei do amor e da harmonia prevalece. Aqueles que se alinham com essa lei florescem e encontram a paz, enquanto aqueles que se opõem a ela inevitavelmente experimentam o sofrimento e a desintegração. Não é uma questão de punição, mas sim de ressonância: cada um colhe o que semeia, e a separação da Fonte Divina traz consigo suas próprias consequências.

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