Salmo 37:1
Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniquidade.
Este versículo nos convida a um estado de serenidade interior, um desapego das aparências externas que muitas vezes nos enganam. A indignação e a inveja são sentimentos que nos corroem por dentro, desviando-nos do nosso caminho espiritual e nos prendendo a ilusões passageiras.
Quando olhamos para aqueles que praticam o mal e prosperam materialmente, é fácil sentirmos um certo ressentimento. Podemos nos perguntar: "Por que eles parecem se dar bem fazendo o que é errado, enquanto eu, que me esforço para fazer o bem, enfrento tantas dificuldades?". Essa linha de pensamento nos leva à inveja, um veneno para a alma que nos impede de reconhecer as bênçãos em nossa própria vida.
A chave para superar essa tentação é compreender que a verdadeira prosperidade não se mede em bens materiais ou poder terreno. A verdadeira riqueza reside na paz interior, na integridade do caráter e na conexão com o Divino. Aqueles que se entregam à iniquidade podem até desfrutar de momentos de prazer e sucesso aparente, mas essa felicidade é efêmera e vazia.
Além disso, a lei da causa e efeito, ou karma, nos ensina que todas as ações têm consequências. Aqueles que semeiam o mal, inevitavelmente colherão o sofrimento, mais cedo ou mais tarde. Não precisamos nos preocupar em julgá-los ou puni-los, pois o Universo se encarrega de restabelecer o equilíbrio. Nosso foco deve estar em cultivar o bem em nós mesmos e em irradiar essa energia positiva para o mundo.
Em vez de nos indignarmos com o comportamento alheio, podemos usar essa energia para nos aprimorarmos. Podemos aprender com os erros dos outros, fortalecendo nossa própria determinação em seguir o caminho da retidão. Ao invés de invejar o que os outros têm, podemos cultivar a gratidão pelas bênçãos que já possuímos, reconhecendo a abundância que nos cerca.
Este versículo nos lembra que a jornada espiritual é uma maratona, não uma corrida de velocidade. O sucesso não se mede em resultados imediatos, mas na consistência dos nossos esforços em direção ao bem. Ao nos concentrarmos em nosso próprio crescimento e em nossa conexão com o Divino, nos libertamos da necessidade de comparar nossa jornada com a dos outros e encontramos a verdadeira paz e contentamento.

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