Salmo 35:20
Pois não falam de paz; antes projetam enganar os quietos da terra.
Este versículo nos transporta para um plano de consciência onde a paz genuína é obscurecida por intenções veladas. Ele revela uma dinâmica espiritual sutil, mas poderosa, que se manifesta no mundo através de indivíduos ou grupos que, aparentemente, oferecem soluções ou discursos de conciliação, mas que, no fundo, tramam enganos contra aqueles que buscam a quietude e a serenidade interior.
A expressão "não falam de paz" não se refere necessariamente à ausência da palavra "paz" em seus discursos. Pelo contrário, muitas vezes a utilizam como uma ferramenta de manipulação, proferindo-a de forma superficial e vazia, sem que haja uma correspondência real em suas ações e intenções. A verdadeira paz, aquela que emana do coração e se irradia para o mundo, é substituída por uma simulação, um teatro de boas intenções que visa desviar a atenção de seus verdadeiros objetivos.
A frase "projetam enganar" revela a existência de um plano premeditado, uma estratégia cuidadosamente elaborada para ludibriar e explorar a boa fé daqueles que são mais vulneráveis. Essa projeção de engano é alimentada por uma energia de ganância, de poder e de controle, que busca se manifestar através da manipulação das massas. A sutileza reside na forma como esse engano é apresentado, muitas vezes revestido de discursos aparentemente racionais e lógicos, que apelam para as necessidades e desejos mais profundos das pessoas.
Os "quietos da terra" representam aqueles que cultivam a serenidade interior, que buscam a conexão com o divino e que se esforçam para viver em harmonia com o universo. São pessoas que se afastam do barulho e da agitação do mundo para encontrar a paz em seu próprio coração. Sua quietude, no entanto, não significa ingenuidade ou falta de discernimento. Pelo contrário, a quietude interior lhes confere uma clareza de visão que lhes permite perceber as sutilezas e as intenções por trás das palavras e das ações dos outros.
O versículo, portanto, serve como um alerta para que estejamos vigilantes e atentos às energias que nos cercam. Ele nos convida a desenvolver o discernimento espiritual, a capacidade de distinguir entre a verdade e a falsidade, entre a paz genuína e a simulação. Ao cultivarmos a quietude interior e a conexão com o divino, fortalecemos nossa capacidade de resistir às investidas do engano e de nos mantermos firmes no caminho da verdade e da luz.
Em essência, o versículo nos lembra que a busca pela paz verdadeira é um processo contínuo de autoconhecimento, de discernimento e de vigilância. É um chamado para que nos tornemos guerreiros da luz, capazes de discernir as energias sutis que atuam no mundo e de proteger a nossa própria paz interior e a daqueles que buscam a verdade.

Bíblia King James 1611 de Estudo Holman - Duotone - 7° Edição

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