Salmo 21:4
Vida te pediu, e lha deste, mesmo longura de dias para sempre e eternamente.
Este versículo, que ecoa a promessa divina, fala de uma profunda troca entre a alma e a Fonte Criadora. A "vida" que é pedida não é meramente a existência física, mas a própria essência, a centelha divina que reside em cada um de nós. É um clamor do espírito por união, por integração com o Todo.
Quando oferecemos essa "vida" – quando nos abrimos à vulnerabilidade, à entrega, à disposição de deixar que o ego se dissolva – recebemos em troca uma dádiva incomparável: "longura de dias para sempre e eternamente". Não se trata de uma promessa de imortalidade física, mas da expansão da consciência para além dos limites do tempo e do espaço. É a percepção da nossa natureza eterna, da nossa conexão intrínseca com a eternidade.
A "longura de dias" simboliza a jornada da alma, a miríade de experiências e aprendizados que acumulamos ao longo de nossas existências. Cada vida, cada desafio, cada alegria, contribuem para a tecelagem da nossa história cósmica. E essa história não tem fim. Ela se estende "para sempre e eternamente".
A eternidade, nesse contexto, não é um futuro distante e inatingível, mas uma realidade presente que se revela à medida que nos desapegamos das ilusões da mente. É a compreensão de que somos parte de um fluxo contínuo de energia, de um ciclo infinito de criação e transformação. Quando nos alinhamos com essa verdade, experimentamos a verdadeira liberdade, a paz que transcende as provações do mundo material.
A dádiva da "longura de dias para sempre e eternamente" é, portanto, uma expansão da consciência, uma revelação da nossa natureza divina. É a promessa de que a nossa jornada espiritual é infinita, de que a nossa busca pela luz nunca termina, e de que a Fonte Criadora sempre estará ao nosso lado, guiando-nos em direção à plenitude e à união.

Banquete do Cordeiro (O) - A missa segundo um convertido: A missa segundo um convertido

Catecismo da Igreja Católica (edição de bolso)
