Salmo 18:15

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Então foram vistas as profundezas das águas, e foram descobertos os fundamentos do mundo, pela tua repreensão, Senhor, ao sopro das tuas narinas.

Explicação

Este versículo poético descreve um momento de revelação cósmica, onde a força divina é tão poderosa que desvela os segredos mais profundos do universo. Imagine a cena: um oceano imenso, insondável, que de repente se abre, revelando o que jazia oculto em suas profundezas. Essas "profundezas das águas" não se referem apenas aos oceanos físicos, mas também às profundezas do inconsciente, da alma, e dos mistérios da criação.

Quando o versículo diz que "foram descobertos os fundamentos do mundo", ele nos convida a refletir sobre a base da nossa existência. O que sustenta a realidade que percebemos? Que princípios, leis ou forças invisíveis mantêm o mundo em ordem? A revelação desses fundamentos implica um acesso à verdade essencial, àquilo que é permanente e imutável por trás da aparente mudança e impermanência do mundo.

A chave para essa revelação é a "repreensão" e o "sopro das tuas narinas, Senhor". A "repreensão" aqui não deve ser entendida como uma punição, mas como uma correção, uma intervenção divina que remove as ilusões e nos permite enxergar a verdade. O "sopro das tuas narinas" é uma imagem poderosa do poder criativo de Deus. No Gênesis, é o sopro divino que infunde vida em Adão. Aqui, esse sopro não apenas cria, mas também revela, ilumina e transforma.

Podemos interpretar esse versículo como um convite à introspecção. Assim como as profundezas das águas e os fundamentos do mundo são revelados pela força divina, nós também podemos descobrir as profundezas da nossa própria alma e os fundamentos da nossa existência através da busca espiritual, da oração e da meditação. Quando nos abrimos à presença divina, permitimos que o "sopro" de Deus dissipe as ilusões e revele a verdade que reside em nosso interior.

A "repreensão" divina, nesse contexto, pode ser entendida como a força que nos confronta com nossas próprias limitações e imperfeições, nos impulsionando a crescer e a evoluir. É um chamado à honestidade, à humildade e à coragem de enfrentar a verdade, por mais desafiadora que ela possa ser. Ao nos permitirmos ser "repreendidos" pelo divino, abrimos espaço para a transformação e para a descoberta dos fundamentos da nossa própria essência.

Em resumo, este versículo nos fala da capacidade de ver além da superfície, de penetrar nas profundezas da realidade e de descobrir a verdade essencial que sustenta tudo. É um convite à busca espiritual, à introspecção e à abertura à força transformadora do divino, que pode revelar os segredos do universo e os mistérios da nossa própria alma.

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