Salmo 106:39

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Assim se contaminaram com as suas obras, e se corromperam com os seus feitos.

Explicação

Este versículo, encontrado em muitos textos sagrados com variações, fala sobre a consequência de nos identificarmos com ações e pensamentos negativos, distanciando-nos da nossa essência divina. Espiritualmente, ele nos alerta para o perigo de nos "contaminarmos" com energias densas e ilusões que obscurecem a nossa verdadeira natureza.

Quando se diz "contaminaram com as suas obras," não se refere apenas a atos externos, mas principalmente às motivações internas que os impulsionam. Cada ação, cada pensamento, carrega uma energia que ressoa e se manifesta em nossa vida. Se nos apegarmos a pensamentos de raiva, inveja, medo ou julgamento, essa negatividade se internaliza, obscurecendo a luz interior e criando um ciclo vicioso de sofrimento.

A "corrupção" mencionada não é apenas física ou moral, mas sim uma distorção da nossa percepção da realidade. Ao nos identificarmos com os "feitos," ou seja, com os resultados e as aparências externas, perdemos a conexão com o processo, com o aprendizado e com a beleza intrínseca de cada experiência. Passamos a nos definir pelo que fazemos, e não pelo que somos.

Essa identificação com o efêmero nos leva a uma busca constante por aprovação externa, por validação e por controle, nos afastando da aceitação incondicional e do amor que reside em nosso interior. Acreditamos que somos definidos por nossos sucessos e fracassos, esquecendo que somos seres espirituais em constante evolução.

O versículo nos convida à auto-observação e ao discernimento. É um chamado para nos desapegarmos das "obras" e dos "feitos" que não refletem a nossa verdadeira essência. Para nos purificarmos, é preciso reconhecer as sombras internas, acolhê-las com compaixão e transformá-las em luz. É um convite para nos reconectarmos com a fonte de amor e sabedoria que habita em nós, permitindo que ela guie nossos pensamentos, palavras e ações.

Ao nos libertarmos da identificação com o ego e com as ilusões do mundo material, abrimos espaço para a manifestação da nossa verdadeira natureza: a de seres de luz, amor e alegria, capazes de criar uma realidade mais harmoniosa e compassiva para nós mesmos e para o mundo ao nosso redor. A chave reside na consciência, na auto-aceitação e na busca constante pela verdade interior.

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