Salmo 106:3
Bem-aventurados os que guardam o juízo, o que pratica justiça em todos os tempos.
Este versículo nos convida a uma profunda reflexão sobre o que realmente significa ser abençoado. Não se trata de uma bênção superficial, de prosperidade material passageira, mas sim de uma felicidade duradoura, enraizada na prática constante da justiça e na guarda atenta do juízo.
"Bem-aventurados os que guardam o juízo" nos fala sobre a importância de cultivar a sabedoria e a discernimento. Guardar o juízo não é apenas seguir regras rigidamente, mas sim desenvolver a capacidade de discernir o certo do errado, o justo do injusto, em cada situação que a vida nos apresenta. É ter uma bússola interna, calibrada pela consciência e pela conexão com a divindade, que nos guia em nossas escolhas.
Essa "guarda" implica em um esforço contínuo de autoconhecimento e auto-avaliação. Precisamos estar atentos aos nossos próprios preconceitos, às nossas inclinações egoístas, para que não nublem nossa capacidade de julgar com equidade. Guardar o juízo é, portanto, um ato de humildade, de reconhecer nossas limitações e de buscar constantemente a verdade.
"O que pratica justiça em todos os tempos" complementa a primeira parte do versículo, mostrando que a sabedoria e o discernimento precisam se traduzir em ação. Não basta apenas saber o que é certo, é preciso colocar esse conhecimento em prática, em todos os momentos de nossa vida. A justiça não é um ato isolado, mas sim um modo de ser, uma postura constante de respeito e consideração para com o próximo.
Praticar a justiça em todos os tempos significa ser honesto em nossos negócios, gentil em nossas palavras, compassivo em nossos atos. Significa defender os oprimidos, lutar contra a desigualdade, e buscar sempre o bem comum. É entender que somos todos interligados, e que a felicidade de um depende da felicidade de todos.
A verdadeira bênção, portanto, reside nessa união entre a sabedoria e a ação, entre o discernimento e a justiça. Ao cultivarmos a capacidade de julgar com equidade e ao praticarmos a justiça em todos os momentos, nos alinhamos com a vontade divina e abrimos as portas para uma vida de paz, alegria e plenitude. A bem-aventurança não é um prêmio a ser alcançado, mas sim uma consequência natural de uma vida vivida em harmonia com os princípios do amor e da justiça.

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