Salmo 102:25
Desde a antiguidade fundaste a terra, e os céus são obra das tuas mãos.
Este versículo, "Desde a antiguidade fundaste a terra, e os céus são obra das tuas mãos," ressoa com uma profundidade espiritual que nos conecta à própria essência da criação. Ele nos convida a contemplar a vastidão do tempo e do espaço, reconhecendo a presença divina como a força primordial que deu origem a tudo o que existe.
Quando dizemos "Desde a antiguidade fundaste a terra," não estamos apenas falando sobre o início físico do nosso planeta. Estamos falando sobre um ponto no tempo, antes do tempo como o conhecemos, onde a intenção divina se manifestou na forma de um mundo. É uma declaração da eternidade de Deus, cuja existência precede e transcende a criação. "Fundaste" implica uma base sólida, um alicerce sobre o qual a vida e a consciência puderam florescer. Essa base é a própria natureza divina, o amor e a sabedoria que sustentam a existência.
A frase "os céus são obra das tuas mãos" evoca uma imagem poderosa da criação como uma expressão artística divina. Os "céus" aqui representam não apenas a atmosfera e o espaço sideral, mas também as dimensões mais sutis da realidade, os reinos espirituais e as camadas de consciência. As "mãos" de Deus simbolizam a ação divina, o toque criativo que molda e anima tudo. Cada estrela, cada galáxia, cada raio de luz é uma pincelada nessa obra-prima cósmica.
Mais do que uma descrição da criação física, este versículo é um convite à humildade e à reverência. Ele nos lembra que somos parte de algo infinitamente maior do que nós mesmos, que nossa existência está intrinsecamente ligada à fonte divina. Ao reconhecermos a grandiosidade da criação e a onipotência do Criador, podemos nos libertar da ilusão da separação e nos reconectar com a unidade fundamental de toda a vida. É um lembrete constante de que somos amados, cuidados e parte integrante de um plano divino maior.
A beleza deste versículo reside em sua simplicidade e profundidade. Ele não busca explicar a criação em termos científicos ou filosóficos, mas sim em termos espirituais. Ele nos convida a sentir a presença divina em cada aspecto da criação, a reconhecer a beleza e a ordem do universo como manifestações do amor e da sabedoria de Deus. É uma mensagem de esperança, de paz e de conexão, que ressoa em nossos corações e nos lembra de nossa verdadeira natureza divina.

Confissões de Santo Agostinho - Edição de Luxo Almofadada

Bíblia King James 1611 de Estudo Holman - Duotone - 7° Edição
